Mas que porra!
Eu corria apresadamente ao redor do meu apartamento tentando me achar. Completamente perdida ao redor da minha própria confusão. Além de eu estar super atrasada para a reunião com o advogado do marido da minha cliente para podermos decidir algumas coisas sobre o julgamento, já que o marido se recusava a dar o divorcio, eu havia me perdido no meio de toda aquela papelada.
A mesa do meu escritória estava atolada de papelada. Eu tinha três casos em minhas mãos desde do inicio de Dezembro, dois deles estavam quase resolvidos, já esse estava me dando uma dor de cabeça danada.
Depois de muitas reuniões com a minha cliente tentando fazer ela falar mais civilizadamente com o marido, que não queria dar o divorcio de jeito nenhum alegando veneamente que estava inocente, já ela duvidava muito que isso era verdade já que havia provas contra ele.
Provas essas que eu nunca soube de onde vieram. Enfim.
Eu havia tentado fazer a mulher esperar até depois das festas para tratarmos de entrar com a papelada do divórcio sigiloso, mas ela havia batido o pé e queria o divórcio antes de viajar com os seus três filhos para casa dos pais dela em Austin no Texas. Nessa hora eu pensei como é que as crianças estavam se sentindo no meio dessa guerra entre os pais, ainda mais nessa época do ano.
Sim eu sou uma fanática pelo Natal. Foi criada assim. Amando e respeitando veenentemente essa época do ano.
Estavamos na semana de Natal e eu estava atolada de trabalho correndo para entregar a papelada do sigiloso. Mas primeiro tinha que me encontrar com Zac Efron, o advogado de defesa do marido dela, para podermos debater sobre algumas clausuras do inquérito.
Mais papelada para mim. Maravilha!
Eu conhecia-o pelos vários elogios que ele recebia ao defender alguns dos divórcios mais badalados da história, defendendo na maior parte das vezes as mulheres, fazendo com que elas ganhassem o processo levando o bastante da fortuna dos ex-maridos. Realmente ele sabia o que fazia. Além de ser conhecido como implacavel nos tribunais, pelas duas vezes que falei com ele no corredor do tribunal, ele era bem simpático além de tudo muito lindo.
Estupidamente lindo na verdade. Aquele tipo de homem que você olha, mira e baba até ficar seca.
Alto de cabelos loiro num corte curto e bastante moderno, ele tinha uns olhos azuis perfeitos que só de encarar dava uma vontade muito louca de suspirar e nunca desviar o olhar. Ele tinha um rosto bonito que se encaixava com perfeição com seu corpo grande e bem defenido, que estava maior parte do tempo tapado por um terno de corte reto e perfeito, deixando todas com vontade de descobrir o que aqueles ternos caros escondiam.
Eu não me importaria nada de descobrir o que estava por debaixo daqueles ternos. Não mesmo.
Deus no que eu estava pensando!
Bufei audivelmente com os meus pensamentos e volei-me a concentrar na minha tarefa em mãos que estava me dificultando a vida. Procurei com mais afinco pela pasta onde estavam as provas da suposta traição no meio de toda aquela porcaria que eu tinha espalhada desordeiramente em redor da minha mesa. Acabando por encontra-la quase caindo da mesa. Eu não sei como eu consigo manter a minha mesa assim. Peguei nela e a joguei dentro da minha mala junto com o resto da papelada do caso.
Sai do meu escritório quase correndo e foi em direção á minha sala com a sensação que algo estava me faltando. Rodei em redor de mim mesma. Algo estava em falta ai. Mas o que seria?
Bufei e parei no meio da minha sala tentando me lembrar do que estava me faltando. Mas acabei me esquecendo do que eu estava pensando quando olhei para a minha enorme arvore de Natal que eu havia montado perto das enormes janelas de vidro da minha sala.
Suspirei sentindo a paz me encher aos poucos. Meus pais estavam vindo da California para virem passar o Natal aqui junto comigo e Stella que trabalhava como modelo numa agência daqui de Nova Iorque, o que a fez vir morar para aqui. Eu sabia que eles sentiam a nossa falta, mas respeitavam as nossas decisões.
Só de lembrar dos meus pais eu já podia imaginar a quantidade de merda que eu iria ouvir de dona Gina assim que ela visse que eu teria de trabalhar no dia 26. Merda dupla!
Pessima época para pedir o divórcio.
Voltei á terra assim que eu ouvi meu celular berrando do meu quarto. Rosnei para mim mesma e bati na minha testa. Claro meu celular.
Corri em direção ao meu quarto. Assim que entrei no quarto acabei por tropeçar em algo, caindo de bundo no chão. Gemi e reprimi um palavrão. Isso sempre acontecia comigo.
Me ergui do chão, engolindo o gemido de dor. Porra como aquilo doia. Peguei em meu celular que estava perdido no meio dos meus travesseiros e atendi sem nem olhar quem era.
- Hudgens?
- Onde você está?- A voz grave e estressada de um homem chegou aos meus ouvidos. Agora fudeu.
- Em casa. Pronta a sair! - Respondi no mesmo momento estremecendo por dentro feito uma garotinha que eu era as vezes. Sim eu ainda não tinha crescido muito fora dos tribunais.
- Venha logo! Temos muito a discutir e eu ainda tenho muito que fazer hoje!
Antes que eu podesse dizer algo o telefone ficou mudo. Sim ele havia desligado o telefone na minha cara. Bufei irritada com a sua falta de educação, mas acabei ignorando eu estava atrasada mesmo, e caminhei para fora do meu quarto quase correndo.
Peguei em todas as minhas coisas e caminhei em direção á saida do meu apartamento.
No hall de entrada eu tenho um enorme espelho e parei novamente, me certificando que estava saindo com tudo vestido. Só de me lembrar que houve uma vez que cheguei a sair de casa sem calças vestidas me dava vontade de abrir um buraco e me enfiar lá dentro. Sim eu sou mais avoada do que aparento.
Eu vestia um sueter vermelho com um desenho de Natal que me fez abrir um sorriso mais animado e umas leguins pretas basicas. Não era uma reunião formal por isso optei por ir o mais leve possivel. Em meus pés havia uns saltos altos basicos que havia comprado na semana passada na minha ida ás compras de Natal. Eram lindos e eu adorei.
Coloquei a minha touca preta e os meus óculos de sol. Movi os meus cabelos soltos para a frente. Sorri mais animada e coloquei o meu casaco preto já saindo de casa.
Agora é só rezar para que ele não me enterre viva devido ao meu atraso de quase vinte minutos. Ai bosta eu estou tão ferrada.
[...]
Assim que estacionei o meu carro na vaga mais proxima ao café, que eu havia combinado me encontrar com o Zac. Por incrivel que pareça, já passava quase meia hora desde que eu havia saido de casa. Sim eu tinha feito a proeza de me perder a caminho do café, que por ironia, eu frequento desde que me mudei para Nova Iorque. Puta que pariu.
Bufei impaciente comigo mesma. Sai do carro me embolando com a minha bolsa ao mesmo tempo que fechava o carro. Estava tão irritada comigo mesma. Como eu foi me perder?
Logo eu que nunca me perco não é mesmo. Sim eu sou um mistério para mim mesma, para que fique registado.
Tentei caminhar sem tropeçar em meus pés, enquanto olhava para dentro da minha bolsa, procurando minha carteira. Sim eu precisava de comprar um café antes de me matar de trabalhar. Sim eu consumo café além da conta. Me considero quase uma consumidora compulsiva de café. Café é um dos meus vicios, assim como o chocolate.
Rosnei para mim mesma quando não a achei e levantei a cabeça para entrar finalmente no quentinho do café. Nova Iorque estava congelando, como sempre acontecia nessa altura do ano, e eu podia sentir a ponta do meu nariz congelando. Mais um minuto lá fora e eu virava picolé de cachorro.
Perdida e exagerada.
Meus atributos só aumentam.
Revirei os olhos para mim mesma devido ao meu pensamento. Parei a meio do café rodando sobre mim mesma procurando por ele. Sim eu fazia muito isso quando estava procurando por algo. Louco eu sei disso.
Acabei o achando no canto mais afastado do café. Ele estava com várias pastas sobre a mesa de quatro lugares e um laptop aberto á sua frente. Ao seu lado ele tinha um enorme copo de café e lia alguma coisa num dos papeis.
Mesmo ao longe ele era lindo. Suspirei baixinho.
Sacudi com a cabeça tentando afastar aquele deslumbramento e tentei me recompor daquela minha mania de ficar babando nele. Respirei fundo e caminhei o mais graciosamente possivel em sua direção.
Por algum milagre consegui não tropeçar em mim mesma durante todo o percuso. Graças a deus por isso.
Pingariei chamando a sua atenção no momento em que fiquei perto da mesa. Ele levantou a cabeça na minha direção no mesmo momento e pode ver que ele mantinha uma careta de irritação cobrindo cada centimetro daquele rosto bonito. É eu tinha conseguido irritar ele. Bosta pegada.
Engoli em seco o melhor que consegui e dei um sorrisinho de canto.
- Bom dia? - Mais perguntei do que comprimentei, mas tentei parecer o menos nervosa possivel. Porque com a sorte que eu tinha ia acabar falando um monte de merda.
A careta que ele mantinha em seu rosto se desolveu um pouco mais e ele se virou em minha direção com a mão debaixo do seu queixo me observando com atenção. Dei mais um sorriso timido em sua direção tentando parecer calma. Calma que não estava sentindo.
- Atrasada Hudgens. - Ele comentou sem tirar seus olhos de cima de mim me deixando ainda mais nervosa ainda.
Se eu tivesse andando concerteza já teria me estabanado no chão. Droga. Respirei fundo e dei outro sorriso timido enquanto me sentava de frente para ele, naquela mesa dupla.
- Peço desculpa. Eu acabei me perdendo no caminho para aqui. - Tentei me desculpar justificando o porque do meu atraso dando de ombros. Retirei os meus papeis e laptop de dentro da minha mala, movendo a minha atenção para outra direção qualquer.
Eu precisava de algo que me distraisse da intensidade do seu olhar, mas a risada baixa e leve dele me fez olhar novamente em sua direção completamente confusa. Do que ele estava rindo? Será que eu tinha alguma coisa no rosto? Mas que merda!
- Foi você que sugeriu que o encontro fosse aqui Vanessa. Como você se perde a caminho do caminho que você aparentemente conhece? - Ele parecia curioso olhando em meus olhos, me deixando fora de ar.
Abri a boca para dizer alguma coisa, mas a unica coisa que saia era ar. Os olhos dele eram tão azuis e limpidos. Quase como lagoas de água azul cristalinas. Engoli em seco e com uma força que eu sabia que não tinha, desviei os olhos dos dele.
- Acredite é um mistério até para mim. - Sussurei pesadamente e tratei de procurar a minha carteira no fundo da minha mala.
Ele riu novamente me fazendo ficar ainda mais embaraçada com a situação. Quase enfiei a cabeça na mala de tamanha a vergonha que eu estava sentindo naquele momento. Assim que achei a carteira dentro da minha mala me levantei, chamando novamente a sua atenção para cima de mim.
- Vai onde? - Perguntou curioso me fazendo corar terrivelmente.
- Comprar café. Estou funcionando pela metade. - Resmunguei ainda completamente corada.
Antes que ele podesse fazer outro tipo de comentário eu caminhei em direção ao balcão para fazer o meu pedido. Pedi um café latte com uma barra de chocolate branco. Sim a minha loucura por chocolate começou.
Paguei o meu pedido e caminhei novamente na direção da nossa mesa. Me sentei completamente em silêncio e tratei de pegar nos documentos que eu havia redigido juntamente com a minha cliente á alguns dias atrás. Pingariei baixinho chamando sua atenção e passei a pasta para as suas mãos, assim que ele se virou na minha direção denovo.
- Este é o documento que eu e a Maria Rita redigimos á alguns dias atrás. Aqui está o pedido da guarda das crianças e alguns bens mais preciosos que ela tem que foram pagos em conjunto. São coisas pequenas e sentimentais pelo que ela me disse e mandou escrever. - Expliquei olhando em seus olhos colocando toda a minha timidez de lado e colocando o meu lado profissional para funcionar. - Isto não é bem o que eu estava planejando para eles, queria uma conversa entre eles e tudo mais. Porque tem crianças no meio. Mas enfim.
Coloquei a pasta em suas mãos, sussurando a ultima parte. Ele assistiu com a cabeça pegando na pasta que estava nas minhas mãos.
Enquanto ele observava e lia com atenção os documentos, tratei de retirar o meu casaco devido ao calor ambiente. O meu pedido chegou finalmente. Tratei de devorar a minha barra de chocolate enquanto olhava o seu rosto concentrado. Tão lindo.
Balancei minha cabeça disfarçadamente quando me dei conta que estava babando nele denovo. Me foquei somente em meu chocolate. Delicia.
Quando ele terminou de ler os documentos, virou sua atenção para mim. Seus olhos se focaram em minha camisola. Ele ergueu uma sobrancelha olhando para mim com curiosidade e diversão me fazendo corar.
- Entrando no espirito ein. - Ele brincou pousando a pasta emcima da mesa e apoiou ambos os braços na mesa sem deixar de me olhar. - Talvez te convide para fazer as compras de Natal comigo ein. - Diversão brilhava ali em seus olhos enquanto ele falava. Corei novamente. Droga.
- Sempre. - Rebati a brincadeira também largando meu chocolate a meio o observando com atenção. - Compras de Natal? Talvez te ajude. - Sussurei ainda brincando o fazendo rir e pegar novamente na minha pasta.
- Talvez. - Rebateu folhado o meu ficheiro deixando novamente a brincadeira de lado entrando em seu modo profissional. - Bom eu estive lendo isso aqui e ela pede menos do que eu pensei que fosse pedir. A unica coisa cara que ela pede são as joias que ele havia dado durante todos esses anos e a casa no Texas. E também concordo com você sobre eles terem que esclarecer sobre isso. Acho muito estranho ela ter essas provas, mas não revelar onde as arrumou, secalhar não as poderá revelar em tribunal. - Ele comentou dando um gole em seu café olhando o papel em sua frente concentrado.
Imitei o seu movimento e levei o meu latte á boca dando um gole, sentindo o sabor delicioso descer pela minha garganta, aquecendo meu corpo já quente.
Voltei a minha atenção para o que ele estava me dizendo. Ele sabia que eu tinha razão. Além deles, eles tinham que pensar nas crianças e acima de tudo na familia que eles vinham construindo.
Este ia ser um caso complicado sem duvida.
[...]
Não sei á quanto tempo nós estavamos sentados ali discutindo amigavelmente sobre os nossos clientes, mas eu estava ficando cansada e com dor de cabeça. Além daquele caso ser completamente fora do comum eu estava mais focada na situação das crianças do que propriamente no caso deles. Não tinha como não ficar. Afinal elas eram as mais prejudicadas no meio de tudo isso.
Suspirei pesadamente jogando a pasta em cima da mesa. Massagei minha cabeça aleviando a pressão que eu estava sentindo. Eram muitas horas ali.
Olhei na direção da janela que estava do nosso lado direito e admirei o ambiente lá fora. A manhã estava chegando ao fim e eu podia ver os pedrestes caminhando apressadamente lado a lado ou se cruzando, mas sem se realmente se conhecerem. Por mais estranho que parecesse era engraçado. Todos ali tinham vidas diferentes e viviam se cruzando ou esbarrando uns nos outros, mas nunca olhavam mais do que cinco minutos na direção um do outro.
Nova Iorquinos.
O céu estava coberto por nuvens baixas e brancas. Nuvens de neve. A qualquer momento poderia começar a nevar.
Não passou nem dois minutos até que eu vi o primeiro floco de neve cair e derreter contra o chão da rua. Abri um sorriso enorme. Era a primeira vez que eu via neve caindo. Soltei um pequeno gritinho animado chamando atenção de todo o mundo. Corei mas não me importei. Estava nevado. Só isso que me importava neste momento.
Uma risada rouca chamou a minha atenção. Olhei na direção do som encontrando a face risonha e divertida do Zac. Corei ainda mais. Bosta eu deveria estar parecendo uma garotinha de cinco anos neste momento.
- Pareceu uma garotinha agora e não a advogada mais respeitada em Nova Iorque depois de Sara Crowfire. - A voz divertida e zombatória dele me fazendo rindo envergonhada dando de ombros não me importando com o que ele estava dizendo. Afinal fora dos tribunais eu podia ser eu mesma.
- Sou californiana. Na California não existe neve nessa altura do ano. - Expliquei dando de ombros vendo a neve caindo mais abundante do lado de fora. - É tão lindo ver. Parece magia. - Sussurei completamente encantanda sem tirar os meus olhos da janela.
Ele riu novamente, mas nada disse. Não sei quanto tempo fiquei ali observando a neve cair, mas quando dei por mim, um manto de neve branco e perfeito já cobria as ruas. Abri um enorme sorriso novamente e comecei a arrumar as minhas coisas. Eu precisava de ver aquilo de ainda mais perto.
- Onde vai? - A voz do Zac parecia fofamente confusa me fazendo olhar em sua direção novamente tirando a minha atenção das minhas coisas.
- Preciso ver aquilo de perto. Eu sei que nós temos muito que conversar, mas sem eles aqui não tem como resolver. - Expliquei. Mordi os meus lábios nervosamente.
Era agora que ele me chamava de criança? Não ele não chamou.
Ele simplesmente se reencostou contra o sofá de dois lugares onde ele estava sentado e observou o ambiente lá fora. Engoli em seco nervosa e terminei de arrumar as minhas coisas. Assim que terminei, coloquei o meu casaco e o meu gorro assim como tinha feito antes de sair de casa. Peguei na minha bolsa e cavei atravez das minhas coisas para achar a minha chave do carro.
- Posso ir junto? - A voz dele fez com que eu tirasse a minha atenção da minha bolsa. Olhei na sua direção em ação. - É eu conheço um sitio onde você pode ver tudo isso. Mas sem carros passando e pessoas passando com pressa com medo de adoecer. - Ele deu de ombros dando um sorrisinho de canto lindo que me deixou meio deslumbrada.
Corei levemente desviando a minha atenção do sorriso lindo que ele estava me dando. Deus me ajude.
Passar um pouco mais com ele mas sem toda essa papelada não me parecia má ideia, mesmo com toda essa atração que eu sinto por ele. Como não me sentir atraida por homem tão lindo, simpático e fofo como ele? Meio impossivel!
Mordi meu lábio envergonhada com os pensamentos que eu estava tendo e tentei ficar o mais calma possivel. Eu ia passar algum tempo com um cara lindo como ele. Não quero cometer nenhuma loucura.
- Bom se você está disposto a passar algum tempo com uma pessoa como eu, você pode vir. - Tentei ser o mais desenteressada possivel, mas acho que não tive muito sucesso, já que ele riu e olhou na minha direção com uma sobrancelha erguida.
Antes que ele podesse dizer alguma coisa eu me ergui da mesa, fazendo com que ele começasse a arrumar as suas coisas dentro da sua mala. Observei cada um dos seus movimentos com atenção.
Aquela blusa negra de gola alta era apertada em cada pedacinho do seu corpo, destacando seus musculos, que se moviam com seus movimentos elegantes. Uma tentação.
Engoli em seco desviando meus olhos do seu corpo delicioso e tentador.
Meu deus vai ser uma longa tarde.
[...]
Eu não sei para que lado olhar. Tudo era lindo demais para ficar somente com a vista de um só angulo.
Ele havia me levado para o Central Park e de onde nós estavamos podiamos ver cada angulo da cidade que estava coberta por um enorme manto de neve. Estava ainda mais linda e mágica.
Eu sempre havia considerado Nova Iorque como a cidade dos sonhos. Tudo pode se realizar a partir do momento em que pisas aqui. E neste momento eu estava vendo a minha cidade dos sonhos coberta pela neve o que me deixou ainda mais apaixonada por ela.
Eu sei que devo estar parecendo uma criança neste momento. Andando para trás e para a frente em cima da enorme pedra em que ele havia nos levado enquanto carregava a minha máquina fotográfica tirando fotos a tudo, mas eu não podia perder um só pedacinho daquela vista maravilhosa.
Lindo. Cada pedacinho do que eu estava vendo, era fotografado. Nada me escapava.
A fotografia era um das várias maneiras que eu tinha para eternizar várias das belezas que a Natureza nos propocionava, como esta. Mais do que qualquer outra paisagem esta era a que eu ia guardar para sempre. Sem dúvida, uma das mais belas paisagens que eu já vi.
Rodei novamente em mim mesma me maravilhando mais uma vez com aquela vista perfeita.Tudo ali era lindo. Sorri mais ainda quando vi que estava começando a nevar novamente. Era tão lindo. Rodei em mim mesma á procura do Zac. Desde que aqui chegamos ele não havia dito uma só palavra.
Quando os meus olhos se pousaram nele, toda a beleza e magnitude que me rodeava perdeu o interesse, quando me deparei com a beleza daquele momento. Ele estava lindo com o cabelo e ombros cobertos com neve. Engoli em seco e dei um passo em sua direção completamente maravilhada com aquela imagem viva que eu estava vendo.
Ele não estava me olhando e sim olhando o lago congelado que ficava perto da pedra onde nós estavamos. Dei mais um passo em sua direção e ofeguei baixinho quando vi que ele tinha um enorme sorriso estampado em seu rosto, me deixando ainda mais maravilhada.
Peguei em minha camera e foquei nele. Não sei o que me deu, mas eu comecei a tirar fotografias, sem me importar com o que ele podesse pensar. Ele estava lindo e eu precisava de eternizar este momento. No momento que eu terminei ele virou-se na minha direção, me apanhando com a camera em mãos. Corei terrivelmente ao ser pega no flagra.
Deus o que ele iria pensar de mim.
- Se divertindo? - Ele tinha um sorriso brincalhão em seu rosto.
O sorriso que ele tinha em seu rosto fez com que todo o meu corpo relaxasse visivelmente. Dei um pequeno sorriso inocente em sua direção.
- Bom estas fotos de você dariam um bom quadro para oferecer á sua mãe. - Brinquei de volta ignorando completamente as minhas bochechas que estavam ardendo neste momento. Eu podia senti-las.
Ele deu uma gargalhada e caminhou na minha direção. Assim que chegou perto o suficente pegou na minha camera e focou a lente em mim me fazendo corar terrivelmente mais uma vez. Virei de costas.
O que ele estava fazendo?
- Vá Hudgens também quero fazer um quadro para oferecer á sua mãe. - Ele riu completamente relaxado e me rodou ficando novamente de frente para mim.
Ri dando a lingua para ele, mesmo sabendo que ele estava fotografando. Olhei para ele sabendo que o meu sorriso estava enorme devido á alegria que eu estava sentindo nesse momento.
- Fique sabendo que isso vai ter volta!
[...]
Depois daquele dia divertido passado com o Zac na Central Park, nós passavamos bastante tempo conversando por telefone. Eu havia descoberto muitas coisas acerca dele que só me deixou ainda mais apaixonada por ele. Sim eu estava ficando apaixonada por ele. Ficando não. Eu já estava apaixonada por ele.
Como não ficar? Zac era daquele tipo de cara que você consedera como perfeito. Além de lindo, ele é simpático e carinhoso, compreensivo e bom ouvinte. O engraçado era que com uma simples piada boba e sem sentido ele me fazia rir.
As nossas conversas giravam em torno de nós, da nossa familia e do nosso futuro. Eram raras as vezes que nós conversavamos sobre o nosso trabalho e era muito bom não falar de nada e ao mesmo tempo de tudo.
Eu me sentia muito bem falando com ele. Era quase como ficar em paz comigo mesma quando ouvia a sua voz atravez do celular.
Olhei para o meu celular que estava em cima da mesa de centro da minha sala e bufei baixinho e desviei a minha atenção daquele aparelho. Ele hoje não iria ligar. Afinal hoje era vespera de Natal e ele estava com a sua familia em casa.
Eu também tinha aqui os meus pais juntamente com a minha irmã Stella que tinha acabado de chegar de Paris. Minha mãe estava neste momento ao redor da minha cozinha tratando dos ultimos promemores para a ceia, já que eu havia tratado de tudo o resto na tarde anterior. Minha irmã estava jogada no meu sofá dormindo. E eu sentada embrulhada num cobertor quentinho olhando a neve cair lá fora, enquanto a minha mente estava focada nele.
Faz 24 horas que eu não falo com ele e o meu peito já aperta de saudade. Isto não pode ser normal. Não pode.
Tentei novamente afastar da minha cabeça a sua imagem, mas estava sendo impossivel. Bufei novamente baixinho e me enrolei ainda mais na minha poltrona tentando me focar em qualquer outra coisa. Mas estava sendo uma tarefa impossivel já que ele não saia da minha mente, parecia que ele estava lá gravado como uma marca de ferro.
Olhei na direção da enorme arvore de Natal, focando meus olhos no enorme embrulho quadrado que estava colocado o mais afastado dos outros presentes. Eu havia feito um quadro com as fotos que havia tirado dele naquela tarde no Central Park, assim como havia dito que ia fazer. Claro que não era para a sua mãe, mas sim para ele.
Mordi o lábio com força sem tirar meus olhos dali. Eu tinha que lhe entregar.
Sem pensar duas vezes joguei o cobertor que me abrigava longe e me levantei tentando não chamar a atenção de ninguém ali. Eu não disse mais nada a ninguém, simplesmente peguei na prenda que estava delicadamente embrulhada e sai de casa somente com a chaves e a prenda dele em mãos.
Eu sabia que estava o suficente vestida para não passar frio ou vergonha, então entrei no elevador e esperei que ele me levasse á garagem onde meu carro estava estacionado.
[...]
Todo o meu corpo termia de ansiedade enquanto eu subia em direção ao apartamente do Zac. A prenda em minhas mãos parecia pesar quilos, mas mesmo assim eu a segurava, com medo que ela fosse quebrar caso eu num lapso de loucura e desastre a deixasse cair no chão.
Os numeros passavam lentamente, tornando a minha jornada ainda mais angutiante. Eu podia sentir o meu coração batendo frenéticamente contra o meu peito com força, como se fosse roubar todo o meu folego.
Assim que o elevador parou no 16ª andar eu sai de dentro dele e caminhei apresadamente em direção á unica porta que havia naquele andar. Os meus pés batiam silenciosamente contra o chão frio do corredor pequeno. Ele, assim como eu, morava na unica cobertura do apartamente na baixa da cidade.
No momento em que parei em frente á sua porta, fechei os olhos por alguns minutos recuperando o meu folego enquanto ouvia os sons das risadas que vinham de dentro do apartamento.
Ele deveria estar ocupado com a familia. Cristo eu vou pagar o maior mico da história.
Tirando a coragem de não sei de onde dei o ultimo passo em direção á porta . Tomei uma respiração profunda e apertei a campainha.
As risadas vindas de dentro do apartamento cessaram e passos foram ouvidos. Todo o meu nervosismo aumentou quando o clique das chaves rodando na fechadura ecoou pelo corredor vazio. Segundos depois a porta foi aberta.
Uma loira da minha altura estava ali parada me olhando. Engoli em seco e dei um passo atrás nervosa.
- Pois não? - A voz baixa e confusa da loira me fez olhar em seus olhos. Eles eram castanhos assim como os meus, mas um pouco mais claros.
- Er...Zac está? - Sussurei tomando coragem que eu não sabia que tinha, olhando dentro dos olhos castanhos dela.
Ela deu um sorriso largo e me puxou para dentro do apartamento sem dizer mais nada me deixando sem reação. Fiquei ainda mais confusa quando ela me conduziu em direção á enorme sala.
Fiquei fascinada ao ver a decoração cline de sua sala. Sofas brancos contrastando com os tapetes negros que estavam espalhados pela enorme sala, obrigando qualquer um a tirar os sapatos para não sujar. Nas suas paredes existiam vários quadros a preto e branco da cidade, mostrando o bom gosto que ele tinha.
Na sala havia um casal mais velho, rodeados por duas crianças que brincavam no chão perto de uma lareira acessa que ocupava um quarto da parede, E sentados de frente para uma enorme televisão avia dois homens que bebiam suas cervejas.
Corei me xingando mentalmente. Ele estava em um momento de familia assim como eu deveria de estar.
Puta que pariu o que eu estou aqui fazendo!?
A loira ao meu lado pingariou chamando a atenção de todos os que estavam na sala, me fazendo corar ainda mais, quando vi que todos ali focaram as suas atenções para cima de nós. Quase me escondi atrás da loira.
- Olha quem veio ver o nosso Zac! - A voz suave e vibrante da loira soou novamente pelo comudo me fazendo encolher ainda mais em mim mesma.
A mulher que estava sentada ao lado do homem de olhos azuis, se ergueu e caminhou elegantemente na minha direção me dando um enorme sorriso, me fazendo relaxar visivelmente. Pelo menos ela não estava com raiva por eu ter aparecido assim do nada e interromper o seu dia em familia.
- Querida é um prazer finalmente te conhecer. Zac não cala a boca sobre você. - A voz suave e brincalhona da mulher, me fez rir enquanto ela me abraçava apertado. Retribui o abraço sem soltar o presente que por incrivel que pareça estava firme em minha mão.
- Prazer em conhece-la também Senhora Efron. - Sussurei timidamente assim que ela me soltou e começou a me guiar em direção aos sofás onde todos estavam sentados.
Dei um breve aceno timido para todos ali e depois dei uma olhada rápida ao meu redor procurando o Zac.
- Desculpem estar aqui em um dia tão familiar, mas eu preciso entregar uma coisa ao Zac. - Sussurei novamente apertando o quadro contra o meu peito. - Eu prometo que serei rápida.
- Relaxe querida ... - A voz do pai do Zac morreu quando eles olharam para trás de mim.
Derepente todos ali abriram um enorme sorriso ao mesmo tempo que desviavam seus olhos para as minhas costas. Mordi meus lábios sentindo meu corpo reagir em reconhecimento. Respirei fundo tentando não fraquejar agora. Cristo, ele tinha um poder sobre mim, que me deixa desconcertada.
Virei lentamente meu corpo na direção do dele e suspirei. Ele estava lindo, usando somente um pijama remetendo ao Natal e seus cabelos estavam bagunçados e molhados, indicando seu recente banho. Corei levemente e mordi meu lábio contendo um suspiro de satisfação.
- Oi Vanessa. O que está fazendo aqui? - A voz dele mostrava a supresa e confusão pela minha repentina aparição. - Aconteceu alguma coisa?
Neguei rápidamente com a cabeça e olhei em volta, constatando que derepente estavamos sozinhos naquela enorme sala. Suspirei me sentindo mais á vontade e dei um sorriso de canto voltando a minha atenção sobre ela.
- Me desculpe por ter aparecido aqui derepente, mas eu precisava te entregar isso. - Sussurei estendendo o quadro que estava em minhas mãos. Quando ele pegou no embrulho recolhi minhas mãos envergonhada. - Eu sei que ainda não temos confiança o suficiente para troca de presentes, mas as fotos ficaram muito lindas e eu não resisti. - Desparei num folego só, movendo minhas mãos enquanto me explicava.
Ele riu baixinho e me puxou para junto de si com a mão que tinha livre. Seu corpo quente se colou ao meu me fazendo corar e suspirar baixinho. Era tão bom poder senti-lo daquela forma junto a mim. Respirei fundo sentindo seu cheiro delicioso entrar em meu sistema. Ergui meus olhos em sua direção.
- Adorei o presente obrigada. - Ele sussurou olhando dentro dos meus olhos. Mordi o lábio desviando meus olhos dos seus focando em sua boca.
Antes que eu podesse dizer alguma coisa que quebrasse o clima que estava nos rodando, ele colou a sua boca na minha. Um gemido supreso saiu por entre os meus lábios, mas mesmo assim não o afastei. Apertei ainda mais meu corpo no seu e rodei o seu pescoço com os meus braços.
A sua lingua invadiu a minha boca aprofundando ainda o nosso beijo. Todo o meu corpo parecia ter entrado em euforia. Suspirei ainda mais alto aprofundando ainda mais o beijo o trazendo ainda mais para mim, colando cada pedaço daquele corpo no meu.
Era tão bom senti-lo assim.
Me separei um pouco respirando fundo, recuperando o folego. Ele começou a espalhar beijos pelo meu rosto em direção ao meu pescoço, me fazendo rir e esconder meu rosto.
- Esse beijo foi o melhor presente de natal. - Ele sussurou em meu ouvido. Fechei os olhos e agarrei ainda mais em seu corpo. - Queria isso desde do dia em que nos encontramos naquele café. Você é tão linda, tão viva, tão perfeita. Eu te quero pra mim. E você ter vindo aqui, só me prova que você sente o mesmo pro mim. - Seus olhos se focaram nos meus, me fazendo estremecer com a intensidade daquele olhar. - Você é minha agora. E não irei te deixar ir. Nunca!
Um sorriso enorme se abriu em meu rosto. Beijei varias vezes seu rosto o fazendo rir e apertar seu corpo no meu.
- Eu não vou a lado nenhum meu amor. Feliz Natal! - Sussurei contra a sua bochecha o fazendo sorrir ainda mais.
- Feliz Natal.
O melhor Natal de sempre. De sempre.
********************************************
FELIZ NATAL MENINAS!
Aqui está a prenda atrasada!
BEIJOS e até mais!
Não preciso nem dizer que está perfeito, não é? Divino, maravilhoso, tão fofo e doce. Definitivamente uma das melhores shots. Adorei a prenda hahaha
ResponderEliminarXx
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ResponderEliminarOMG!!!!
ResponderEliminarque capítulo mega perfeito e fofo *-*
eu super amei ♥♥♥
estava morrendo de saudades das suas one shots
Feliz natal p vc tbm
posta mais e não demora,kisses
Que perfeição.
ResponderEliminarQue história mais fofa.
Eu super amei.
Ficou incrível.